A Presença da Língua Cabo-verdiana nos Meios de Comunicação Social. | Autores: Victor Manuel Eugénia Semedo (IIPC - Victor Manuel Eugénia Semedo) |
Resumo: Este trabalho procura compreender o enquadramento que se têm as línguas em Cabo Verde. Ex-colónia de Portugal, portanto herdeira da língua portuguesa dominada apenas por uma certa elite. É a língua do ensino e de produção documental. Nesta pesquisa pretende-se avaliar a presença da língua cabo-verdiana, veículo de formação e afirmação identitárias, nos órgãos de Comunicação Social, em Cabo Verde.
A língua é a base da convivência social, desde os primórdios da ocupação do arquipélago, com pessoas portadoras de línguas diferentes. Foram franceses, espanhóis, portugueses, bem como algumas etnias africanas, cada um com a sua estrutura linguística e modo de falar, tinham de comunicar entre si, daí surgiu uma nova língua. A língua cabo-verdiana ou crioulo é de base portuguesa, elemento identitário do povo cabo-verdiano.
A língua cabo-verdiana, língua do quotidiano das ilhas sem estatuto de língua oficial. Por isso, sem registo gráfico relevantes, contudo, é a mais falada. Por outro, a língua oficial e escrita – língua portuguesa – é a única utilizada nos documentos oficiais e nas instituições da república. Da pesquisa realizada se constata que a língua cabo-verdiana não é dada espaço quer nos jornais, quer nas estações televisivas e quer nas rádios.
Posto isto, fica a pergunta: Qual é a real presença da língua cabo-verdiana nos meios de Comunicação Social em Cabo Verde? Existe o bilinguismo ou diglossia? Ou a subordinação da língua cabo-verdiana face a língua portuguesa? Não tem os meios de comunicação social espaço de a promoção da língua materna, enquanto elemento unificador da nação, usando os meios de comunicação social. Qual será o futuro da língua cabo-verdiana?
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