Este trabalho parte de uma investigação acerca da compreensão sobre os mecanismos de comunicação e linguagem de crianças com síndrome de Down em processo de escolarização. A pesquisa proposta será desenvolvida em uma escola estadual de um município da região metropolitana de Porto Alegre-RS, que recebe alunos com deficiência visual (baixa visão), autistas (maioria) e com síndrome de Down. Nosso foco está nesse grupo de alunos, com o objetivo de contribuir para uma proposta de ensino que integre toda a comunidade escolar. Inicialmente, temos como base os estudos de Tristão (1998), Pueschel (1999), Smith e Strick (2001), Schwartzman (2003), Rangel (2011), Bassani (2012), Fronza, Haag e Didó (2014) e Santos (2016), pois defendem que, mesmo apresentando limitações na realização de algumas atividades, as crianças e adolescentes com Síndrome de Down são capazes de aprender e evoluir nas suas conquistas de aprendizagens, desde que sejam compreendidas suas diferenças dentro e fora dos contextos escolares, com o intuito de poder traçar estratégias que identifiquem as aptidões e estimulem a cooperação nessas realidades. Deste modo, com o olhar direcionado a esses aspectos, a nossa pesquisa será realizada por meio de entrevistas com a direção da escola, 02 (duas) professoras, 03 (três) alunos com Síndrome de Down, com faixa etária entre 11 e 13 anos e seus pais. Além disso, haverá observações em sala de aula, as quais serão gravadas e transcritas, em que procuraremos compreender como a língua é usada por esses alunos e como poderemos contribuir para que esse uso seja mais produtivo tanto pelos alunos com SD como por quem se encontra nesse processo educativo.