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| UM ESTUDO SOBRE O EFEITO DA PAUSA DO INTERLOCUTOR DA CRIANÇA AUTISTA | Autores: Lucas de Azevedo Silva (UNICAP - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO) |
Resumo: Sabe-se que a Pausa é um recurso suprassegmental prosódico, que não se submete à dupla articulação da língua, usada para indicar o deslocamento da unidade sintática ou com a função de segmentar a fala, por exemplo. No campo pragmático, é um espaço comunicativo, no qual o interlocutor reconhece o outro que se enuncia, disposta por Cagliari como um elemento correspondente à dinâmica da fala. Ante o exposto, tencionamos realizar uma pesquisa qualitativa ao examinar, tendo como alicerce o estudo de Emily Benveniste, a consequência provocada pelo hiato do interlocutor no sujeito autista. Nesse sentido, partiremos do aspecto de que os elementos segmentais e suprassegmentais formam a língua e trataremos dos princípios fundamentais que norteiam os estudos da teoria da enunciação. Para atingirmos tal objetivo, analisaremos imagens gravadas em vídeo pertencentes ao banco de dados do Grupo de Estudos e Atendimento ao Espectro do Autismo – GEAUT/UNICAP, que registram a interlocução de pesquisadores com crianças autistas, verificando precisamente os momentos de pausas na linguagem daqueles e o efeito provocado nestes. Por fim, objetivamos, como resultado, compreender como a pausa influencia a idiossincrasia de outrem, uma vez que é possível identificar que a mesma tem efeito enunciativo e provoca uma reação no outro.
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