A educação é para todos, inclusive para os jovens e adultos que não concluíram o estudo no tempo regular. Esses alunos, independentemente dos quais sejam os motivos que os levam novamente à escola, têm o direito de usufruir de um ensino voltado às suas necessidades e adequado à sua faixa etária. Nessa perspectiva é importante entender a escolarização de jovens e adultos conforme a perspectiva de empoderamento defendida por Paulo Freire.  Nesse sentido, este trabalho apresenta o relato de um ciclo de oficinas proposto no componente curricular Práticas de Ensino I, ofertado na Licenciatura em Computação. As oficinas, intituladas “Empoderamento Feminino pela Tecnologia”, foram propostas com o objetivo de desenvolver o letramento digital de estudantes de um curso de Proeja Artesanato ofertado em um instituto federal de ciência e tecnologia. O curso é frequentado exclusivamente por mulheres. Foram desenvolvidas as seguintes atividades: Desplugame, Como criar o seu Blogger, Criação de Banner e Planejamento para seu empreendimento com Mídias e/ou Redes Sociais entre outras Ferramentas, LikedIn. Todas as oficinas tinham como objetivo inicial apresentar alguma forma de trabalhar com ferramentas tecnológicas visando, além do desenvolvimento da escrita e da leitura em contextos digitais, o aprimoramento em empreendimentos, voltados para o artesanato de acordo com o público-alvo: mulheres em situação de retorno aos estudos que não tiveram a oportunidade e o tempo para acompanhar esse processo de disrupção tecnológica. Como resultados, foram produzidos blogs, currículos, banners digitais. Ademais, conclui-se que, quando se fala em avanço pela tecnologia, culturalmente é pensado apenas na nova geração, crianças e adolescentes, e isso é um grande equívoco, pois há uma exclusão de pessoas, geralmente por sua condição social inferior.