Ler é inerente ao ser humano. Desde que surgiu a necessidade de comunicação por meio de códigos naturais, porém mais bem elaborados, o homem foi construindo sinais que lhe permitiam fazer-se entender sem estar presente no ato de comunicação. É neste contexto que surgem a leitura e a escrita, que terão um papel fundamental na construção identitária do homem e no desenvolvimento da sociedade. Assim, pode-se afirmar que a leitura possibilita ao sujeito melhor conhecimento de si e do mundo, uma vez que a materialização do pensamento, sentimentos e ideias tem na leitura e na escrita um lugar privilegiado, pois permite que o sujeito-leitor tenha uma visão crítica do espaço onde está, concomitante ao conhecimento universal do homem e de suas relações. Por esta razão, a escola tem um papel essencial na formação leitora do indivíduo, devendo o professor manter-se em contínua formação para acompanhar este desenvolvimento. Na sociedade contemporânea, o avanço nas formas de comunicação tem passado por mudanças significativas, pois ela ocorre por meio de imagem, escrita e som. Tais recursos passam a constituir um só texto, na confluência de diversos gêneros, os chamados de textos multimodais. Assim, por meio da pesquisa-ação, e amparado pelos estudos de LOPES (1996, 2006), KLEIMAN (1995, 2015), OLIVEIRA (2010) e ROJO (2006, 2015), o presente artigo se ocupará em apresentar os resultados parciais sobre os impactos que estes textos têm na formação leitora do aluno dentro do espaço escolar e o modo como os docentes medeiam esta realidade. Para tanto, valeremo-nos dos pressupostos teóricos sobre Linguística Aplicada, bem como as discussões sobre Letramento Crítico e Texto Multimodal, que embasarão as discussões constantes neste artigo.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura e escrita, Texto multimodal, Letramento Crítico, Formação do leitor