O presente trabalho trata de uma investigação comparativa entre as avaliações propostas aos alunos com necessidades educacionais especiais e as propostas aos demais alunos. Este relato de experiência faz parte do subprojeto Letras/Português, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG. A partir da observação das avaliações aplicadas a quatro turmas de 9º ano numa escola pública do município de Alfenas – MG, surgiu o interesse em analisar os simulados elaborados pela secretaria municipal da cidade como preparação para a prova do Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública – SIMAVE. Os simulados consistem em dois perfis: um, destinado aos alunos com necessidades educacionais especiais; e outro, aos demais alunos. Percebeu-se uma diferença de abordagem dos testes entre os dois perfis. Isso levantou a hipótese de que o simulado do perfil especial não esteja cumprindo o papel que a avaliação diagnóstica deve cumprir. A metodologia do trabalho inclui análise comparativa das habilidades presentes nos dois tipos de simulado. O aporte teórico toma as referências de Ferrarezi Jr. e Carvalho (2015 e 2017), sobre ensino da escrita e da leitura; Condemarin (2001) sobre aprendizagens de alunos com necessidades especiais, além dos documentos oficiais do Estado sobre avaliações de habilidades. Busca-se, portanto, investigar quais habilidades são contempladas nos dois testes e se elas estão compatíveis com a capacidade dos alunos. Por fim, espera-se um resultado que contribua, mesmo que de forma modesta, para os estudos linguísticos, assim como para reflexões sobre a preparação das avaliações de caráter especial, dada a importância do resultado dessas avaliações para o diagnóstico correto dos avanços e dificuldades dos alunos.