Discursos uniformizantes e a interseccionalidade: o lugar de fala como método à equidade. | Autores: Mariane dos Santos Almeida Costa (ESDHC - Escola Superior Dom Helder Camara) |
Resumo: Crenshaw, Kimberle () "Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine,Feminist Theory and Antiracist Politics," University of Chicago Legal Forum: Vol. 1989: Iss. 1, Article 8.
O presente trabalho tem como tema abordar o lugar de fala, a linguagem como mecanismo de manutenção de poder, os discursos que uniformizam, e a necessidade do reconhecimento da diversidade observada pelo prisma das interseccionalidades. Dessa maneira tem-se como objetivo analisar a linguagem como elemento que em todas as relações se estrutura, vive e se determina, fazendo a manutenção do poder, e o concentrado nas mãos de determinados indivíduos. E por quem aquela linguagem é usada para determinar o ser e o dever ser. Os resultados da análise apontam para uma nova forma de discriminar, quando há a junção de duas ou mais características opressivas em um mesmo indivíduo, não restando alternativa se não recorrer ao judiciário, este por sinal, possui um posicionamento pré-concebido e sustenta o discurso discriminatório por não conhecer as núncias de onde fala o recorrente. Portanto tem-se necessidade da discussão sobre a interseccionalidade como solução dada por Crenshaw para o resgate desses indivíduos das falhas da lei, para assim não comprometer o exercício da justiça e a mitigação de direitos fundamentais e essenciais.
|
|