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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


CISCO E ARGUEIRO NOS DADOS DA BAHIA E SERGIPE

Autores:
Lidiane Ferreira Silva (UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana)

Resumo:

No presente trabalho analisa-se, a partir da carta 90 do Atlas Prévio dos Falares Baianos (APFB) e da carta 97 do Atlas Lingüístico de Sergipe (ALS), a variação para “cisco que cai nos olhos” no falar da Bahia e de Sergipe, além de identificar/comprovar o limite do “falar baiano” proposto por Antenor Nascentes (1953) nas cartas selecionadas. Serão utilizados os pressupostos teórico-metodológicos da Geolinguística, explorando-se, sobretudo, a dimensão diatópica das cartas citadas. Como fundamentação teórica, baseamo-nos em Cardoso (2010). O objetivo traçado para este estudo é o de contribuir para a sistematização da realidade linguística do português do Brasil, bem como mostrar o “falar baiano” na divisão de Nascentes (1953) através das cartas 90 do APFB e 97 do ALS, visto que, como mostra Mattos e Silva (1988, p. 218), “Diante da magnitude territorial e da heterogeneidade cultural, social e econômica, frutos de sua história, o Brasil é, por definição, a nação da diversidade em qualquer aspecto que se queira considerar da sua vida social”. Assim, a hipótese que se levanta é que há um limite do ‘falar baiano’ que compreende as áreas de Bahia e Sergipe - além do norte de Minas Gerais e leste de Goiás - apesar de existir isoglossas de menor amplitude ao lado das de maior amplitude, pois a resposta cisco é característica desse falar, visto que a encontramos predominantemente na carta 90 do APFB e na carta 97 do ALS. Podemos, então, fazer as seguintes constatações: a) há variantes lexicais coincidentes na Bahia e em Sergipe; b) a designação mais representativa para ‘cisco que cai nos olhos’ – cisco - está presente em quase todo o território baiano e sul de Sergipe; c) os dados das cartas 90 do APFB e 97 do ALS se configuram como áreas do falar baiano.


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