O papel do linguista na Linguística Computacional é fornecer modelos linguísticos para tratamento computacional da linguagem natural, tais modelos servem para a aplicação e desenvolvimento de aplicativos, aplicação teórica, tratamento e usos de corpus, etc. Nesse sentindo, o objetivo é demonstrar como um modelo linguístico formal gerativo como a Cartográfica (RIZZI, 1994, 2004), focado nas operações com advérbios (CINQUE, 1999, 2006; SANT’ANA, 2005), pode ser utilizado no desenvolvimento de parsers em conjunto da metodologia e método proposto por Dias-da-Silva (1996), que podem ser empregados devido ao desenvolvimento de pesquisas que tratem, por meio de computadores, fenômenos linguísticos modelados e estruturados para diversos usos. Tal método utiliza fases que compreendem a Fase Linguística, que visa a descrição e análise do objeto com o objetivo de resgatar o percurso descritivo e linguístico; a Fase Linguístico-Computacional, que pretende a formalização teórica linguística e do objeto, a partir do processamento da Linguagem Natural e da descrição do modelo formal; a Fase Computacional codifica a modelagem para o uso nos sistemas de processamento da linguagem natural, neste caso parte de modelos como a gramática livre de contexto para a estruturação e dos traços unificados do tipo matriz de atributo-valor - MAV (BRANCO; COSTA, 2011) compondo a estrutura arbórea da sentença, a codificação dos resultados parciais são realizados por meio da linguagem de programação Python e da biblioteca NLTK (BIRD; KLEIN; LOPER, 2014). A modelagem, da perspectiva cartográfica, demonstra uma nova perspectiva de análise mais detalhada para o parser, apesar da atomicidade, os traços de natureza e de funcionalidade distribuídos na MAV forneceram uma explicitação dos traços que licenciam o advérbio na sentença, entretanto, a análise herda as problemáticas históricas tanto na perspectiva linguística quanto na computacional sobre os advérbios, mas fornecem meios de auxílio nas análises que se pretende.