O presente trabalho tem por objetivo explanar sobre as reflexões que emergiram na escola a partir da leitura e discussão do documento “Base Nacional Comum Curricular”. Prevista na Constituição de 1988, na LDB de 1996 e no Plano Nacional de Educação de 2014, a BNCC foi preparada por especialistas de cada área do conhecimento, com intuito de garantir que as redes de ensino e instituições escolares públicas e particulares passem a ter uma referência nacional obrigatória para a elaboração ou adequação de seus currículos e propostas pedagógicas. Nessa direção, o documento trata, portanto, da implantação de uma política educacional articulada e integrada. Para isso, o MEC será parceiro permanente dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, trabalhando em conjunto para garantir que as mudanças cheguem às salas de aula, reduzindo as desigualdades educacionais no Brasil e promovendo a equidade e a qualidade das aprendizagens dos estudantes brasileiros. Nesse sentido, entendemos que há um longo caminho para chegarmos às equidades propostas no documento, porém pensar um currículo que respeite as diversidades já se constitui uma realidade de muitas escolas. A Base estabelece, especialmente, conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica, no entanto é preciso pensar a Educação e sua realidade atual, em que faltam condições básicas para o seu desenvolvimento pleno, em que professores trabalham confrontando suas angústias e insatisfações, num enfrentamento contínuo de problemas sociais e econômicos que deflagram o fracasso escolar, situações que entram em desacordo com o que apregoam os documentos oficiais da Educação. Pensando essas tensões, discutiremos essas adequações do currículo, especialmente de Língua Portuguesa, no Ensino Fundamental e Médio, de modo a comtemplar as reflexões dos professores em relação a essas mudanças.