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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
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O DISCURSO PUBLICITÁRIO DA INDÚSTRIA TABAGISTA: DA LIBERDADE À PROIBIÇÃO

Autores:
Karolline Moreira de Medeiros (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Paula Lima (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba)

Resumo:

O DISCURSO PUBLICITÁRIO DA INDÚSTRIA TABAGISTA: DA LIBERDADE À PROIBIÇÃO

Este trabalho tem como objetivo analisar o discurso nas propagandas de cigarros dos anos 70-80, observando a transformação da publicidade das indústrias tabagistas do discurso de liberdade nas últimas décadas do século XX à proibição total no século XXI. Analisamos a mudança desse discurso publicitário nas propagandas de cigarros da marca Charm, destinados às mulheres, e das marcas Marlboro, Chanceller e Hollywood, direcionados aos homens. Considerando que a relação entre desejo e poder não seja tão perceptível no sentido de arquitetar o que é verdadeiro, mas em como essa relação funciona na produção dos efeitos de sentido, trazemos a perspectiva da análise do discurso expresso na linguagem coloquial da publicidade que antes incentivava o ato de fumar e que atualmente proíbe. Teoricamente, nos inserimos em uma perspectiva discursiva, por meio do dito e do não-dito nos enunciados, apoiados nas ideias de Maingueneau (2015), Orlandi (2007) e por meio das concepções de biopoder e biopolítica postuladas por Foucault (1989, 1996, 1999). Considerando a verdade de cada época (FOUCAULT, 2008), observamos que no discurso publicitário tabagista das décadas de 70 e 80, eram enfatizados os aspectos positivos do ato de fumar, em contraste com o discurso contemporâneo que propaga o cuidado de si e ressalta os malefícios do ato de fumar, visto como uma prática social proibida.