O papel do simbólico na construção dos sentidos | Autores: Evandra Grigoletto (UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Fabiana Ferreira Nascimento de Souza (UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) |
Resumo: Tomando a relação sujeito, língua e tecnologia, propomos pensar, neste trabalho, o funcionamento discursivo do enunciado “Ele não”, surgido durante a eleição presidencial de 2018, observando, sobretudo, os modos de formulação, circulação e inscrição desse enunciado em diferentes espaços sociais. Das redes sociais para a rua, das ruas de volta às redes, interessa-nos analisar os deslocamentos de sentido desse enunciado, a partir de sua inscrição em Formações Discursivas antagônicas. Importa-nos pensar, também, como a emergência dessas novas “formas de dizer” afetam as práticas de linguagem e convoca-nos a repensar nossos gestos de leitura e de interpretação. Além disso, interessa-nos investigar de que maneira essas novas práticas discursivas promovem formas outras de circulação de saberes e como os sujeitos se constituem em relação à língua e aos discursos por ela construídos. Para tanto, mobilizaremos alguns conceitos caros à Análise do Discurso de linha francesa de orientação pecheuxtiana tais como: Formação Discursiva, Formação Ideológica, Memória discursiva, sujeito discursivo e identificação. Essa teoria nos ajuda a refletir, na medida em que abre espaços para pensarmos na interpretação como dependente da historicidade e da memória do dizer; por apontar para a interpretação como sempre passível de se tornar outra, como sendo sempre “relação a”.
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