Ser trans na escola: uma análise crítico-discursiva de narrativas de vida | Autores: Samuel de Sá Ribeiro (UFV - Universidade Federal de Viçosa) |
Resumo: É importante reconhecer que as corporeidades transgêneras rompem o binarismo consolidado histórica e culturalmente na sociedade. Por conseguinte, as/os estudantes trans são mais passíveis de sofrerem bullying na escola (CRUZ, 2011; CELLINI&FRANCO, 2016) uma vez que transgridem as normas regulatórias do gênero social, as quais ditam padrões de práticas linguístico-sociais acerca do que é ser mulher e do que é ser homem. Nesse sentido, as práticas de violência simbólica direcionadas às/aos alunxs trans podem ser responsáveis por afetar a saúde mental e a vida escolar dessas pessoas. Em meio a essa eminente problematização, pretendemos apresentar uma parte do corpus e das análises do projeto de pesquisa “Corpos trans em práticas sócioescolares: uma análise crítico-discursiva de narrativas de vida” que vem sendo desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPG/LET) da Universidade Federal de Viçosa (UFV), junto ao Grupo AFECTO (Abordagens faircloughianas para estudos do corpo/discurso textualmente orientados). Trata-se de uma pesquisa de cunho etnográfico que se vincula à Análise do Discurso Crítica de Norman Fairclough (2001 [1992]; 1999; 2003), arcabouço teórico-metodológico de natureza transdisciplinar e, devido a isso, articularemos às nossas reflexões conhecimentos dos Estudos de Gênero, principalmente àqueles voltados para a perspectiva queer cunhados do Judith Butler (1990, 1993, 1999), Louro (2000) e Salih (2017). Por fim, consideramos importante situar que atualmente a pesquisa se encontra na etapa de coleta de dados e, apesar disso, a pretensão é apresentar as reflexões e análises inicias sobre as narrativas de vida de estudantes trans, as quais serão geradas a partir de entrevistas semiestruturadas em duas escolas públicas estaduais do município de Viçosa/MG.
Agência de fomento: CAPES |
|