A utopia na distopia: a Beatlemania como tradução de uma era eterna | Autores: Ludmila Martins Naves (PUC-GO - Pontifícia Universidade Católica de Goiás) |
Resumo: Neste trabalho, objetiva-se trazer à centralidade, investigando o processo da tradução transcriativa, a utopia como resiliência, nos tempos contemporâneos de distopia. Para tanto, partimos da observação crítica de canções escolhidas d’Os Beatles, focando os aspectos, musical, textual e imagético, como artística que transita por universos vários como a literatura/poesia, vanguarda musical e cinema. As postulações teóricas de Michel Foucault, Jacques Derrida, Julio Plaza, Roland Barthes, Haroldo de Campos e outros nortearão esta comunicação. Por meio de reflexões sobre a tradução entre línguas e sistemas, procedendo à análise crítica o objeto mencionado, busca-se aqui compreender como a dimensão utópica vem a ser considerada uma sombra que se ergue a partir das entranhas do universo distópico. Desse modo, buscamos no legado d’Os Beatles, elementos da contracultura e da linguagem imagética do movimento hippie, as contribuições multissensoriais que mobilizam jovens ao redor do mundo, inspirando as mais variadas performances, considerando que o mundo não seria mais o mesmo desde o lançamento do álbum Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band em 1967 e das canções Yellow Submarine e A fool on the hill. Sem se distanciar do propósito inicial que busca na cultura da beatlemania a prevalência da utopia, mesmo nos tempos da dissolução dos valores pela distopia que persiste persuasivamente na questão social do imaginário coletivo.
Agência de fomento: PUC-GOIÁS |
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