O ensino da produção textual nas escolas vem sendo palco de pesquisas e debates, com uma grande contribuição da linguística textual, especialmente no tocante ao ensino dos gêneros dissertativos-argumentativos. Alguns autores (XAVIER, 2007; LEFFA, 2000) afirmam que os professores de língua escrevem com dificuldade este gênero que eles se propõem a ensinar.  Este trabalho objetiva discutir e refletir, então, sobre as práticas de ensino de textos dissertativo-argumentativos de professores de ensino médio de escolas da rede estadual de Alagoas. Nossa referência teórica baseia-se nos estudos de Koch (2017); Antunes (2005); Marcuschi (2008); Dolz, Gagnon e Decândio (2010); Sautchuk, 2003; Araújo, 2011 entre outros. Trata-se de um estudo exploratório, de cunho interpretativista (DE GRANDE, 2011) e qualitativo (RITCHIE, J; LEWIS, J., 2003), tendo como metodologia a análise das observações das aulas e entrevistas semi-estruturadas com vários docentes de língua portuguesa do quadro efetivo da rede. Os resultados parciais deste estudo mostram que os professores desconhecem, ou quando conhecem acham muito trabalhoso para realizar, o ensino das etapas necessárias para o ensino da produção textual, a saber: o planejamento, a escrita propriamente dita, a revisão e a reescrita. Além disso, desconhecem as características dos textos dissertativos- argumentativos, que são seus objetos de ensino.