EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O PAPEL DO PROFESSOR FORMADOR | Autores: Nayara Araujo Duarte Leitão (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) |
Resumo: As questões relacionadas ao processo de ensino/aprendizagem e ao universo escolar no nosso país são alvo de pesquisas e discussões há muito tempo, contudo percebemos, a partir dos índices apontados por exames nacionais, que ainda temos sérios problemas a serem solucionados. A relação entre a formação do professor e prática da educação inclusiva é uma delas. Nesse sentido, procuraremos neste trabalho refletir sobre um dos pilares que formam a educação que é a formação inicial do professor, no contexto da educação de surdos. Para tanto, temos como objetivo geral investigar o processo de formação inicial de professores de cursos de licenciatura, inclusive Letras, a partir das estratégias metodológicas utilizadas pela professora formadora na disciplina Libras, no Centro de Formação de Professores, da Universidade Federal da Campina Grande, Campus Cajazeiras, Paraíba. Utilizaremos como aporte teórico autores que discutem a formação de professores como Shön (2000), Larrosa (2002) e Nóvoa (1995, 2001), além de autores que discutem a questão da inclusão no contexto educacional como Medrado e Celani (2017), Kelman (2012). Analisaremos, portanto, a partir de uma visão interpretativista, os dados gerados pelos diários de campo produzidos ao longo das observações das aulas da disciplina Libras, durante um semestre letivo, em que registramos as estratégias metodológicas utilizadas pela professora formadora. De maneira inicial e parcial, podemos perceber que a professora objetiva não só uma formação linguística da Libras para os alunos, mas busca uma sensibilização através de discussões de textos oficiais que legislam sobre a educação inclusiva e, especificamente, dos surdos. Compreendemos que essa conduta contribui efetivamente para a formação inicial dos alunos de graduação não apenas como professores, mas como cidadãos conscientes das demandas de uma sociedade complexa.
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