Contrastividade das temporalidades verbais: libras e português escrito como segunda língua | Autores: Bárbara Marcela Reis Marques de Velasco (UNB - Universidade de Brasília) |
Resumo: As pesquisas que se debruçam sobre os aspectos gramaticais das línguas de sinais são recentes, mas em crescimento. Esses estudos têm por característica a análise contrastiva gramatical, que busca identificar na estrutura linguística dos sinais, marcas estruturais correspondentes nas línguas orais. A partir desses esforços, acredita-se que, além de fortalecer e sedimentar as línguas de sinais como línguas naturais, é possível sistematizar e elaborar metodologias de abordagem e de ensino dessas línguas de forma a garantir acesso satisfatório à língua materna pelos Surdos. Pesquisas sobre verbos nas línguas de sinais já podem ser encontradas, principalmente no que tange o seu posicionamento sintático na frase ou sua classificação quanto a direcionalidade ou não-direcionalidade (FERREIRA, 2009; LIMA, 2011; SOUZA, 2014). Contudo, ainda merece atenção a relação entre os verbos e as marcações temporais no discurso sinalizado (FINAU, 2004). A proposta desta comunicação tem como princípio uma reflexão teórico-prática sobre o processo de aquisição e marcação de temporalidade verbal na sinalização discursiva dos Surdos. O intuito é compreender o tempo como uma categoria cognitiva. Compreender de que forma essa categoria cognitiva é identificada no uso gramatical da língua de sinais brasileira e qual sua dinâmica contrastiva com a gramática do português escrito brasileiro. Assim, tem-se por objetivo maior a análise e a compreensão das estratégias gramaticais utilizadas nos discursos em língua de sinais para a marcação de tempo nos verbos, para que se tracem metodologias para o ensino das marcações temporais no português escrito como L2.
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