Níveis de compreensão de leitura no adulto e estratégias de aprendizagem.
| Autores: Elisabeth Márcia Ribeiro Machado da Silva (UNINOVE - Universidade Nove de Julho) |
Resumo: É comum, no Ensino Superior, ouvirmos queixas de dificuldade de compreensão dos textos acadêmicos, escritos em linguagem culta. Além da decodificação e recepção de informações, esse nível acadêmico requer operações mentais que exigem inferências de informações implícitas, contribuindo para o desenvolvimento das capacidades de análise crítica e de síntese. Conscientes dessa necessidade da leitura reflexiva na vida acadêmica, principalmente nos cursos de formação de professores, preocupa-nos a forma como as maneiras de ler se integra na preparação da profissão de professores, visto que ela é uma ferramenta de trabalho profissional, mas também uma forma de acesso ao mundo letrado. Portanto, além de contribuir para o desenvolvimento dos estudos sobre leitura e compreensão de texto em pessoas já alfabetizadas e que atuarão como formadores do conhecimento, este trabalho tem como objetivo investigar os níveis de leitura dos alunos do curso noturno de Pedagogia de uma universidade privada, na cidade de São Paulo, e também repensar a atuação do professor do ensino superior, pois consideramos que o aprendizado da leitura e através dela não se restringe ao Ensino Fundamental e Médio. Para tal estudo, valemo-nos de questionários com perguntas abertas e fechadas de interpretação de textos, em vários níveis, para um corpus de 20 alunos de cada um dos seis semestres do curso (total de 120 sujeitos). Obtivemos, como resultados parciais, a prevalência de nível de leitura básico nos alunos iniciantes, e nível intermediário em alunos concluintes. Mostrou-se raro o nível avançado de compreensão (inferência e análise). O estudo dos dados fundamenta-se na Psicologia Cognitiva (Capovilla, 2004; José Moraes, 2013), Neurolinguística (Dehaene,2012;), Linguística Aplicada (Edwiges Morato, 2014; Ingedore Kock, 2006; Angela Kleiman, 1989; Jean Foucambert, 1994; Kaufman, 1995) e Aprendizagem no Adulto (Paulo Freire, 1988; Ruan Bordenave, 2012; Pullin, 2011,2007).
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