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| Gênero discursivo híbrido ante o mercado editorial e seus leitores: fantasia ou distopia? | Autores: Rafael Oliveira da Silva (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) |
Resumo: Ao investigar a literatura juvenil podemos encontrar territórios bem definidos, tanto no que concerne ao conteúdo temático de cada livro, quanto ao que concerne à sua comunidade de fãs. Dito isso, podemos encontrar fronteiras nítidas entre gêneros discursivos literários tais como o romance de fantasia e de distopia, uma vez que cada um desses gêneros trata de temas distintos como a magia, no caso da fantasia, e os futuros distópicos da humanidade, no caso da distopia. Partindo da noção de que são essas diferenças que definem a fronteira que se levanta entre os universos de cada gênero, como o leitor se comportaria ante um gênero que corresponde a um enunciado híbrido do romance de fantasia e distopia? A fim de responder tal questionamento, o presente trabalho tem como objetivo problematizar a prática leitora do gênero híbrido fantasia distópica, bem como a sua valoração entre os leitores e o mercado editorial. Para isso, parte-se da análise dialógica das sinopses do livro Cinder (2013) e Temporada dos Ossos (2016), e, ainda, da definição dada pelos leitores/fãs à fantasia distópica, amparando-se na teoria bakhtiniana, no que diz respeito ao enunciado híbrido (BAKHTIN, 2015), bem como em sua teorização do excedente de visão (BAKHTIN, 2010). Espera-se que, ao rastrear diferentes maneiras de se referir ao gênero híbrido em questão, os resultados apontem para uma definição inacabada, ou inadequada, da fantasia distópica por parte de seus leitores bem como do mercado editorial.
Agência de fomento: CNPq |
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