Considerando que a hashtag #SomosTodos nos parece, de início, partindo da retomada de uma memória coletiva, um enunciado, ou uma fórmula, que surge em 2014, com a formulação #SomosTodosMacacos, funcionando como um movimento de resistência ao ato cometido contra o jogador Daniel Alves - uma banana fora jogada em campo para que ele a comesse,o presente do trabalho visa a analisar enunciados do Twitter que possuem a hashtag #SomosTodosBolsonaro, observando que os sujeitos-usuários das hashtags, a priori, produzem a evidência da desidentificação aos movimentos de esquerda e movimentos sociais, que diríamos, aqui, num momento preliminar, ser uma discursivização de ódio Para tal, utilizaremos as concepções teóricas da análise do discurso de filiação pecheuxtiana, principalmente Pêcheux (1969; 1975; 1983), Haroche, Pêcheux e Henry (1971), Indursky (2007), Grigoletto e França (2018), dentre outras contribuições teóricas fundantes para este trabalho. Portanto. na dependência do discurso, observamos a (re)formulação de formações discursivas e,assim, de posições-sujeito que dizem respeito ao enunciado em questão. Inseridos nesse contexto de apoio e não apoio político, é possível formular acerca dos movimentos de resistência que o enunciado possibilita na sua relação entre língua e ideologia, olhando, também, para questões como um enunciado divido, ou seja, que abriga formações discursivas antagônicas em si.