Entendendo-se bilinguismo eletivo pela situação bilíngue na qual o indivíduo, por razões pessoais, resolve aprender outra língua (BAKER, 2006), sendo esta outra língua geralmente com algum prestígio social, o presente trabalho visa divulgar aspectos observados no processo de implantação de programas bilíngues em escolas de educação básica, no contexto brasileiro.
Apresentaremos aspectos relacionados às interações entre professores e alunos, nas aulas de inglês da educação básica, examinando, especialmente, situações de uso de L1 e L2, em sala de aula. Os aspectos pragmáticos levantados alinham-se a premissa do “princípio da complementaridade linguística” (GROSJEAN, 2010), segundo o qual, bilíngues geralmente adquirem e usam suas línguas para diferentes propósitos, em diferentes domínios de sua vida, com pessoas diferentes, haja vista que diferentes aspectos da vida cotidiana podem requerer línguas diferentes.
As aulas observadas fazem uso da chamada “Abordagem CLIL”, isto é, a aprendizagem integrada de língua e conteúdo. Diferente das abordagens mais difundidas de ensino de línguas estrangeiras, centradas na aprendizagem da língua estrangeira enquanto uma finalidade em si própria, a abordagem CLIL utiliza a língua adicional como um meio para a difusão e ensino de conteúdos escolares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKER, C. (2006). Foundations of bilingual education and bilingualism. Clevedon: Multilingual Matters Ltd.
BHATIA, T. K.; RITCHIE, W. C. (Ed.). (2006). The Handbook of bilingualism. Oxford: Blackwell Publishing Ltd.
GROSJEAN, F. (2010). Bilingual: life and reality. Cambridge: Harvard University Press.
PREUSS, E.; ALVARES, M. (2014). Bilinguismo e políticas linguísticas no Brasil: da ilusão monolíngue à realidade plurilíngue. Acta Scientiarum. Language and Culture. 36. 403.