O Movimento Armorial, surgiu em 1970, consagrado nas obras do escritor e dramaturgo, Ariano Suassuna. Esse movimento artístico teve uma grande significação na história da literatura brasileira (bem como influenciou na pintura, artes plásticas, música, etc.) do século XX, abrindo espaço para a liberdade de expressão dos grandes artistas nordestinos no que diz respeito à utilização de uma linguagem própria do seu povo e da sua cultura, além de, também, trazerem traços do medieval e erudito. A principal obra literária desse movimento é Romance d’A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai e volta, do mestre Suassuna, nela, encontramos: as cavalgadas, o cangaço, o homem com sua armadura de couro, os brasões, as batalhas, as bandeiras, os seres míticos, as crenças e a sátira. Salvo que, ainda integram essa obra ilustrações feitas pelo próprio autor, as quais deu-lhes o nome de iluminogravuras, remetendo-se às iluminuras medievais. Acatando essas informações, através de uma análise semiótica do texto literário e das imagens pitorescas usadas como ilustração do livro, e que são detalhadas na narração de Quaderna, nos Folhetos II (O Caso da Estranha Cavalgada) e III (A Aventura da Emboscada Sertaneja), objetivamos mostrar quais os elementos presentes nas obras nos possibilitam detectar traços a medievalidade que envolve o imaginário e o contexto sertanejo nas criações suassunianas em análise. Para tanto, utilizamos Victor e Lins (2007) e Newton Júnior (1999) para falarmos a cerca da vida e obra do autor; trouxemos Pignatari (2017) abordando o estudo da semiótica; Varga (1999) e Hoek (2006) para pensarmos a cerca da relação entre texto e imagem; Bueno (2006) abordando as iluminogravuras de Ariano Suassuna; dentre outros autores que nos auxiliaram na realização de uma pesquisa mais diligente.