CORPOS URBANOS E CORPOS DOMÉSTICOS: CAROLINA DE JESUS E O QUARTO DE DESPEJO
Naimi Alves Neto (UNIP)
Ana Luiza Nascimento Alves (UNIP)
Juliana Carvalho de Araujo de Barros (Profa. Orientadora – UNIP)
Considerando que os espaços urbanos são reservados apenas para um determinado grupo de pessoas, os que são colocados à margem perdem o direito de ter acesso às ruas da cidade. É importante pensar os mecanismos pelos quais corpos - considerados diferentes de um padrão imposto - são violentados e eliminados desses espaços. Ainda hoje, o índice de violência contra a mulher, o negro, o pobre, os LGBTQs, o índio e todas as outras minorias é muito elevado nos espaços urbanos. Nesse entendimento, o resgate de obras literárias de uma mulher negra e periférica que desejou ocupar a cidade é imprescindível para possibilitar representatividade e justiça social. Sendo assim, a partir das teorias de Judith Butler, Virgínia Woolf, Regina Dalcastagnè, propomos analisar a obra “Quarto de Despejo: diário de uma favelada”, da autora Carolina Maria de Jesus, a fim de reconhecer traços de resistência à cultura hegemônica e como seu corpo transitava pelo espaço da cidade e da favela.
Palavras chaves: Carolina de Jesus. Mulher negra na literatura. Representatividade. Minorias. Lugar de fala, espaços urbanos.
Eixo: Literatura Brasileira e Modernidade (s)