O USO DA HAPLOLOGIA NAS CONSTRUÇÕES FIXAS FORMADAS POR VERBO + PREPOSIÇÃO
| Autores: Flávia Helena da Silva Paz (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) |
Resumo: Este estudo apresenta resultados parciais de uma pesquisa mais ampla sobre o fenômeno da haplologia no falar belenense. Utilizamos dados empíricos para a realização de uma análise quanti-qualitativa e, neste trabalho, temos o objetivo de apresentar somente os usos da haplologia nas construções fixas formadas com verbo. Nos embasamos nos estudos de Cançado (2005), Godoy (2008), Perini (2006; 2010; 2016) e Castilho (2010). Apresentamos somente os usos da haplologia nas construções fixas formadas por verbo + preposição inerente e construções fixas formadas por verbo + preposição não inerente (ou nome), exemplificadas, respectivamente, por gos(tu) di e passan(du) di Benevidis. A amostra é constituída por 16 narrativas orais que pertencem ao Projeto Atlas Linguístico do Pará-ALiPa (Razky, Orgs. 2003). Os falantes obedecem às estratificações sociais: sexo (masculino/feminino), escolaridade (não escolarizados, ensino fundamental e ensino médio) e faixa etária (1ª faixa etária, 2ª faixa etária e 3ª faixa etária). Os resultados revelaram que essas construções se apresentam frequentemente com variação. Da mesma forma o verbo gostar + preposição inerente apresenta-se com grande frequência da haplologia em detrimento dos verbos com preposição não inerente. Confirmamos com esses resultados que o componente sintático é significativamente relevante na produção do fenômeno da haplologia e que essa deve ser estudada considerando-se a interface entre diferentes níveis da Linguística.
Agência de fomento: CAPES |
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