Este rabalho é fruto de uma pesquisa realizada a partir de duas coleções de Língua Portuguesa do PNLD de 2018.
As discussões sobre gênero e etnia presentes no âmbito acadêmico e social nos motivam a pensar nos seus desdobramentos acerca do ambiente escolar não só nos conteúdos escolares, mastambém na maneira como esses debates chegam até os estudantes. O que se percebe é ainda um número reduzido de mulheres citadas e estudadas nesses livros.
Há séculos esse poroblema já era representado por autoras engendradas. Seja no Brasil, pela potiguar Nísia Floresta (1810-1885) ao pleitear para outras o direito à instrução, seja no Reino Unido, quando Virginia Woolf (1882-1941) critica a educação precária e as péssimas condições femininas para a escrita.
Sendo assim, a pesquisa pretende refletir sobre o problema da representação e presença da autoria feminina no cânone brasileiro para descortinar o ensino da literatura no último segmento da educação básica no país, através do principal instrumento do professor, o livro didático enviado pelo governo às escolas públicas brasileiras. Compreender e quantificar as escolhas feitas pelos autores das coleções, no que tange ao gênero, pode fornecer uma amostra de como é e como poderia ser a realidade do Ensino Médio do país se as informações chegassem de forma ampla e diversa aos professores e estudantes que utilizam tal ferramenta como forma de ensino e aprendizagem.