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| As expressões de futuridade na fala e na escrita barra-garcense | Autores: Vander Simão Menezes (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso) |
Resumo: O objetivo do presente trabalho é apresentar a pesquisa realizada para concluir o Curso de Especialização em Linguagem e Ensino: Língua e Literatura, ofertado pela Universidade Federal de Mato Grosso, no Campus Universitário do Araguaia. Trata-se da análise das expressões de futuridade na fala Barra-garcense. Para isso, foram coletadas amostras de fala, gravadas e transcritas. Fez-se um levantamento das principais ocorrências, a fim de averiguar o que é normal no português brasileiro. Segundo Bechara (2009), o futuro do presente é constituído pelo infinitivo não flexionado somado a uma desinência – com exceções, como os verbos: dizer, fazer, trazer. A partir disso, nota-se que há uma discrepância entre o que a gramática tradicional prescreve – e, muitas vezes, a escola também – como marcação de futuro no uso. Existem diversas formas para a marcação de futuro, sejam elas com verbos modais ou gramaticalizados. Observou-se a existência de duas formas concorrentes: a desinencial e as formas gramaticalizadas. Além disso, existem duas formas de futuro: do “presente” e do “pretérito”. As ocorrências indicam que o futuro do presente é quase sempre realizado por meio de uma forma perifrástica, mas ainda há concorrência entre a forma desinencial e a perifrástica quando se trata do futuro do pretérito. O ponto de partida é corrente de estudos funcionalistas da linguagem, abordagem que permite analisar os fenômenos linguísticos considerando todos os níveis, do pragmático-discursivo ao sintático-morfológico. Acredita-se que para melhorar a qualidade do ensino de Língua materna em nosso país seja preciso elucidar esses fenômenos.
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