Durante algum tempo a escola priorizou o ensino de determinados gêneros discursivos em detrimento de outros, a exemplo, a escrita em detrimento do gênero seminário oral. É notável que muito se tem falado sobre o trabalho com gêneros discursivos em sala de aula. O que se percebe, no entanto, é que pouco ou quase nunca alguns gêneros são trabalhados, caso, por exemplo, do gênero oral formal em sala de aula ou gênero seminário oral. Levando-se em consideração que a escola durante muito tempo preocupou-se com a formação da linguagem escrita desconsiderando a prática da linguagem oral, muito do ensino deste gênero acabou ficando a cargo do aluno, que por sua vez, reltiviza a importância de um estudo mais acurado acerca das abordagens e postura, por exempplo, utilizadas no momento da exposição, e que o professor, por vezes negligencia seu papel de orientador no processo. Considerando, ainda, as diversas instâncias sociais, culturais e históricas de uso da língua, presentes e precisas em nossa sociedade, é que proponho esse trabalho na perspectiva de contribuir, por meio de atividades didáticas sistematizadas, com a formação de futuros professores na medida em que tais sugestões podem ajudá-los a desenvolver um trabalho voltado para a prática do uso de seminários em sala de aula. A teoria que fundamentou a execução deste trabalho passou por estudos de autores como SCHENEWLY (2004), DOLZ (2004) e das contribuições fundadoras do dialogismo Bakhtiniano.