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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


Isabel de Aragão, Inês de Castro e Leonor Teles em três diferentes paixões: caridade, amor e poder

Autores:
Aldinida Medeiros (UEPB/CICS.NOVA - UEPB/CICS:Nova) ; Isabel Maria da Cruz Lousada (CICS.NOVA - CICS.Nova)

Resumo:

Isabel de Aragão, Inês de Castro e Leonor Teles são três rainhas que se sobressaem dentre as demais da Dinastia Afonsina, na História de Portugal, por cada uma delas ter vivido situação singular. Isabel é mais conhecida por sua vida de caridade constante, pela qual é considerada santa e séculos após sua morte, canonizada no catolicismo. Inês, que segundo Camões, “depois de morta foi rainha” teve uma  das mais belas e trágicas histórias de amor do continente Europeu. Leonor ousou politicamente e ficou conhecida como a que entregou o reino aos castelhanos com o epíteto de má e aleivosa. As três protagonizam vários romances históricos da Literatura Portuguesa. Traçamos um painel com os perfis destas rainhas, situadas no período da baixa Idade Média, embora quase um século separe Isabel de Aragão e Leonor Teles. Neste intervalo de tempo, embora as normas de conduta tenham passado por algumas mudanças, a condição feminina esteve sempre em desvantagem na sociedade. Ao longo do tempo em que viveu cada uma destas rainhas, como sujeito em um contexto patriarcal, machista e deveras violento para a mulher, cada uma deixou sua marca indelével, hoje referenciadas pelo romance histórico contemporâneo. Nossa análise dos romances mostra como a literatura se faz profícua leitora das narrativas históricas, em diferentes formas de reler, criticamente, os fatos do passado. Para alcançar este objetivo, tomamos como base Duby e Perrot (1993), Hutcheon (1991), Marinho (1999), Reis (2005; 2006), Vieira (2002; 2008), Weinhardt (2011), Miguel Real (2012), dentre outros.