Conferências

20 / 08
16h às 17h

MAPEANDO A MENTE COM PALAVRAS

Ementa:

A análise de grafos fornece uma ferramenta particularmente útil para a fenotipagem computacional de relatos orais ou textos escritos, constituindo uma ferramenta rápida e de baixo custo para a avaliação da estrutura discursiva. Nos últimos anos, aplicamos a análise de grafos ao diagnóstico diferencial de psicose, à distinção entre doença de Alzheimer e comprometimento cognitivo leve, ao rastreio dos ganhos cognitivos em crianças saudáveis durante a alfabetização, à caracterização da estrutura do discurso oral em populações iletradas incluindo grupos ameríndios, e à comparação de todos esses dados com textos literários desde a Idade do Bronze até o presente. As aplicações do método vão muito além da psiquiatria, alcançando os diversos domínios mentais induzidos por estados de sono e sonho, variações de humor e atenção, meditação, substâncias psicoativas e doenças psiquiátricas e neurológicas. O método também tem potencial para revelar novas perspectivas sobre falar, ler e, mais importante, aprender. A possibilidade de comparar a estrutura de textos antigos e atuais com os relatos orais de pessoas de diversas culturas, com ampla gama de idade, status sócio-econômico e escolaridade, fornece novas perspectivas empíricas com grande potencial de descoberta.

Dr. Sidarta Ribeiro (Instituto do Cérebro / UFRN) - [Currículo]


21 / 08
16h30 às 17h30

Obras e autore(a)s esquecido(a)s na História das Literaturas de língua portuguesa – "pra não dizer que não falei das flores"

Ementa:

A nossa História da literatura registra nomes de autores e obras comumente propagadas nos cursos de graduação brasileiros, contudo devemos levar em conta que o conteúdo conta com alguma “insuficiência” e parte dos atores são esquecidos ou colocados de lado, perante nomes já consolidados e permanentemente difundidos entre ensaios, palestras, teses e dissertações. Assim sendo, o objetivo dessa fala é recuperar nomes comumente menos referidos ou totalmente esquecidos, na história da literatura e localizá-los como parte fundamental de um contexto que ainda está por ser escrito.

Dra. Germana A. Sales (CAPES / UFPA) - [Currículo]


22 / 08
16h30 às 17h30

LÍNGUAS EM ANGOLA: UNIDADE, DIVERSIDADE ETNOLINGUÍSTICA, CULTURA E EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS

Ementa:

As línguas e suas variantes foram um grande instrumento de luta de libertação durante o julgo colonial no continente berço. Um continente cuja diversidade linguística espalhada por 54 países é realmente impressionante. E Angola, país da África Austral, se destaca nesse aspeto, onde o multilinguismo é uma característica medular do país que cresceu para 30 milhões de habitantes. Os povos de Angola, segundo o estudo feito pelo José Quipungu, estão divididos em: Bakongo, grupo que fala a língua Kikongo; Ambundu, língua Kimbundu; Lunda, tem como língua Tchokwe; Ovimbundu, fala a língua Umbundu; Ngangela, fala a língua Tchingangela; Nyenyeka, tem como língua Olunyanyeka; Ambo, fala a língua Tchikwanyama; Helelo, fala a língua Tchielelo; Xindonga; Baluba, fala a língua Tchiluba e povos não Bantu. Alguns desses grupos de certa forma têm dificuldade em comunicar-se em português em função do enraizamento das línguas locais. De certa forma, isto não tem interferindo na preservação das tradições orais e culturais. E como de alguma forma isso é fundamental para o laços que unem África e o Brasil?

Escritor João Canda (Angola) - [Currículo]


23 / 08
18h às 19h

LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO: DESAFIOS PARA OS NOVOS MULTILETRAMENTOS

Ementa:

No início deste ano, em abril, o Decreto presidencial nº 9.765 reavivou, no formato de embate e conflito, uma questão que nós, educadores, já havíamos equacionado ao longo dos anos 80 do século passado e consolidado, em nossos referenciais para educação, no final dos anos 90: reinstalou-se um suposto embate entre alfabetização e letramento, ao invés do consenso já estabelecido na educação de que são práticas sociais e educativas que se relacionam (“alfabetizar letrando”). Nesta conferência, retomaremos essa questão para relacioná-la com o real embate que hoje temos de enfrentar que é alfabetizar letrando em tempos de novos multiletramentos, requeridos pelas novas TDICs. Para tal, retomaremos os conceitos de multiletramentos e novos letramentos e seus impactos na pedagogia por design e nos processos de aprendizagem interativa, buscando definir como essa demanda social pode alterar os processos de alfabetização e as práticas de letramento.

Dr. Roxane Rojo (UNICAMP) - [Currículo]




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